sexta-feira, 28 de setembro de 2007

A NECESSIDADE DE CRENÇA - NIETZSCHE


TELA DO ARTISTA FNURKUS
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A NECESSIDADE DE CRENÇA - NIETZSCHE-

Mede-se o grau da força de nossa fé( ou mais precisamente, o grau de sua fraqueza),pelo número de princípios "sólidos" de que necessita para se desenvolver, desses princípios que nossa fé nao quer ver abalados porque servem de sustentáculos.Parece-me que hoje a maioria das pessoas na Europa, têm necessidade do Cristianismo, e por isto se continua a lhe dar crédito.
De fato, o homem é feito assim: poder-se-ia lhe recusar mil vezes um artigo de fé - se ele tem necessidade dele, continuaria sempre a considerá-lo como "verdadeiro"- conforme esta célebre "prova pela força" de que fala a bíblia.Alguns têm ainda necessidade de metafísica,mas este impetuoso desejo de certeza que se descarrega hoje ainda sob formas científicas e positivistas nas grandes massas, esse desejo de ter a qualquer custo alguma coisa de sólido( enqto que o calor desse desejo impede de dar importância aos argumentos em favor da certeza)é também ele o desejo de apoio, de suporte, em resumo, esse instinto de fraqueza que, se não cria religiões, metafísicas e princípios de toda espécie, pelo menos os conserva. É um fato que em torno de todos esses sistemas positivistas, se eleva a fumaça de um certo sombreado pessimista. algo como a fadiga, o fatalismo, a decepção ou o temor de uma nova decepção - ou ainda a exibição do ressentimento, do mau humor, do anarquismo exasperado e outros mascaramentos do sentimento de fraqueza.
A fé é tanto mais requerida, a necessidade de fé tanto mais urgente, quanto mais faltar vontade: de fato, a vontade como paixão do mando é o sinal distintivo da soberania e da força. Isto significa que quanto menos uma pessoa sabe comandar, mas violentamente aspira à alguém que ordene, que comande com severidade, a um deus, a um principe, um estado, um confessor, um dogma, uma consciência de partido...
Disto poderia talvez se concluir que, as maiores religiões do mundo, cristianismo e budismo, poderiam muito bem ter sua origem, e sobretudo sua propagação repentina, num enorme acesso de DOENÇA DA VONTADE. E de fato, foi realmente assim.
E a isto chamam fé!

O HOMEM É CONDENADO A SER LIVRE...(Sartre)


"O homem é condenado a ser livre"

Com essa afirmação vimos o peso da responsabilidade de sermos livres. Frente a essa liberdade, o ser humano se angustia porque a liberdade implica escolha, que só o próprio indivíduo pode fazer. Muitos de nós paralisamos e, assim, achamos que não fomos obrigados a escolher. Mas a "não ação", por si só, já é uma escolha. A escolha de adiar a existência, adiando os riscos para não errar e gerar culpa, é uma tônica na sociedade contemporânea. Arriscar-se, procurar a autenticidade, é uma tarefa árdua, uma jornada pessoal que o ser deve empreender em busca de si mesmo.

Os existencialistas perguntaram-se se havia um Criador. Se sim, qual é a relação entre a espécie humana e esse criador? As leis da natureza já foram pré-definidas e os homens têm que se adaptar a elas? Esses homens estiveram tão dedicados aos seus estudos que tornaram-se anti-sociais, enquanto se preocupavam com a humanidade.

Kierkegaard, Nietzsche e Heidegger são alguns dos filósofos que mais influenciaram o existencialismo. Os dois primeiros se preocupavam com a mesma questão: o que limita a ação de um indivíduo? Kierkegaard chegou à possibilidade de que o cristianismo e a fé em geral são irracionais, argumentando que provar a existência de uma única e suprema entidade é uma atividade inútil. Ele acreditou que o mais importante teste de um homem era seu compromisso com a fé apesar do absurdo dessa fé.

Nietzsche, freqüentemente caracterizado como ateu, foi sobretudo um crítico da religião organizada e das doutrinas de seu tempo. Ele acreditou que a religião organizada, especialmente a Igreja Católica, era contra qualquer poder de ganho ou autoconfiança sem consentimento. Nietzsche usou o termo rebanho para descrever a população que segue a Igreja de boa vontade. Ele argumentou que provar a existência de um criador não era possível nem importante.

Na verdade, Nietzsche valorizava e exaltava a vida como única entidade que carecia de louvor. Prova disso é o eterno retorno em que ele afirmava que o homem deveria viver a vida como se tivesse que vivê-la novamente e eternamente. A implicação de disso é uma extrema valorização da vida, imaginemos cada segundo, cada minuto vivido igualmente e eternamente? E quanto à Igreja, Nietzsche a condenava pois é um traço das influências de Paulo de Tarso na sociedade contemporânea; ele era sim ateu, e para ele, dentre os inteligentes o pior era o padre, pois conseguia incutir nos pensamentos do rebanho, fundamentos falsos, exteriores e metafísicos demais, que só contribuíam para o afastamento da vida. Encontramos essas críticas em O Anticristo.

O Indivíduo versus a Sociedade


O existencialismo representa a vida como uma série de lutas. O indivíduo é forçado a tomar decisões; freqüentemente, qualquer escolha é uma escolha ruim. Nas obras de alguns pensadores, parece que a liberdade e a escolha pessoal são as sementes da miséria. A maldição do livre arbítrio foi de particular interesse dos existencialistas teológicos e cristãos. Dando o livre arbítrio, o criador estava punindo a espécie humana na pior maneira possível.

As regras sociais são o resultado da tentativa dos homens de limitar suas próprias escolhas. Ou seja, quanto mais estruturada a sociedade, mais funcional ela deveria ser.

Os existencialistas explicariam por que algumas pessoas se sentem atraídas pelas carreiras militares baseando-se no desafio de tomar decisões. Seguir ordens é fácil; requer pouco esforço emocional fazer o que lhe mandam. Se a ordem não é lógica, não é o soldado que deve questionar. Deste modo, as guerras podem ser explicadas, genocídios de massa podem ser entendidos. As pessoas estavam apenas fazendo o que lhe foi dito.
Importantes Filósofos para o Existencialismo

* Martin Heidegger
* Jean-Paul Sartre
* Søren Kierkegaard
* Edmund Husserl
* Friedrich Nietzsche
* Arthur Schopenhauer

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Céu

Fico extremamente "emocionada" quando proclamam: "entendo o que tu dizes"... E continuam garbosos: não peço nada material a meu deus, só a salvação para a alma!
Que bonitinho! Penso cá comigo, eu no céu, gozando das delícias do paraíso e alguns de semelhantes queimando no inferno... Claro, aqueles que são meus inimigos.
É de uma maldade tão cruel imaginar um inferno para nossos inimigos queimarem eternamente! Existe vingança imaginária mais cruel? Convém pensarmos imediatamente se deus tb os reconhece como inimigos... ou só eu....
Vós pensais que lhes tiro, como cristãos ou religiosos que dizeis ser, apenas o direito de pedir bençãos materiais a seu deus? Odiai-me mais intensamente então, porque vos tiro também o céu! (Ideny Nietzscheana...)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A AMIZADE COM SEU DEUS...


A AMIZADE POR INTERESSE OU TEMOR NÃO É GENUINAMENTE AMIZADE. O AMOR POR INTERESSE OU POR TEMOR NÃO É VERDADEIRAMENTE AMOR. SUA AMIZADE E SEU AMOR PARA COM SEU DEUS DIFERE DESTAS COISAS?(IdenyD.F.)

domingo, 23 de setembro de 2007

Minha Bíblia

Comunico a todos os amigos, que estou escrevendo uma bíblia. Ela vai ficar em seu auge da fama mais ou menos daqui a uns dois mil anos, mas quem quiser se adiantar e ser um dos primeiros a adquirir meu livro sagrado, podem já a partir deste momento fazendo suas reservas.

E antes que algum engraçadinho ou desengraçadinho ou até desgraçadinho me pergunte se acho que posso brincar com tudo, até com deus... já me antecipo dizendo: - não brinco com deus, brinco com os homens que brincam com deus....(IdenyDF)

DESENVANGELIZAR

Desenvangelizar é mais difícil que evangelizar. Para evangelizar-se dirige-se aos mais fracos, e eles são maioria. Com a vantagem de que quanto mais fraco se é, ou mais fraco se está, mais fácil de se evangelizar se torna.
Já desenvangelizar é uma tarefa mais difícil, só se obtém êxito em cima dos fortes, que infelizmente, são minoria.
Vcs que se consideram "cristãos", me apedrejem... mas iria desdizer mil vezes o que disse, se houvesse uma só frase em minha afirmação que não fosse verdade.
Até hoje nao encontrei pessoalmente, nem um só cristão que merecesse este pedido de desculpas...Não pensem que gosto disso... O cristianismo é real e lindo... nos livros de estórias, destes escritos pelos proprios auto-intitulados cristãos...
Como disse o velho e sábio e louco amigo, o alemão: - O Cristianismo morreu na cruz!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Qual o valor?

Qual o valor de se ACREDITAR EM DEUS?
Se entre os que acreditam em Deus há ladrões, bandidos, estupradores, maridos violentos, pais que espancam os filhos, humanos que exploram seus semelhantes...
Qual o valor de se ACREDITAR EM DEUS? Se os que acreditam em deus praticam também todas estas coisas, e inclusive depois de praticá-las ainda os ouvimos dizendo: "sei que deus vai me castigar"...
Não entendo, sinceramente porque ainda há aqueles que classificam os homens como bons e maus, dependendo de terem ou não crença em deus.
Acreditar em deus,por si só, não faz ninguém melhor, então por que te espantas quando alguém diz: Não acredito em deus?!Por acaso estão livre de cometerem toda espécie de falta contra seus semelhantes aqueles que em deus acreditam?Ideny Ditzel Freitas
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AQUELES QUE ENSINAM O OBJETIVO DA VIDA

Quer considere os homens com um olhar benevolente ou malevolente, vejo-os todos, e cada um em particular, fazer a mesma coisa: a saber, o que é útil para a sobrevivência da espécie. Ora, não é por amor a essa espécie que agem assim, mas simplesmente porque não há neles nada mais antigo, nada mais forte, mais inexorável, mais invencível que esse instinto- porque esse instinto é precisamente a essência de nossa espécie e de nosso rebanho. Habitualmente não se vê mais longe que cinco passos e se acredita poder classificar os homens em homens úteis e em homens prejudiciais, em bons e em maus; mas quando se leva em conta o conjunto, quando se toma tempo para refletir mais delongadamente sobre o todo, acaba-se por desconfiar dessa cuidadosa distinção.
Introdução do Livro A GAYA CIENCIA, de Nietzsche

terça-feira, 11 de setembro de 2007

VOCÊ É MELHOR QUE ELE???


ENQTO HOUVER UM SER HUMANO SOFRENDO COM FOME OU FRIO OU DOR,CONSISTE NUM ABSURDO ALGUÉM DIZER:"SENHOR, ABENÇOA-ME, PQ TENHO DOR DE CABEÇA, FALTA DE EMPREGO OU UM CÂNCER...Em que sou eu, melhor que aquele cuja fome lhe definha até a morte, num amontoado de ossos? Ou aquele que o frio e o abandono o maltratam nas calçadas, ou ainda aqueles,cujos tumores lhes corroem as vísceras. Como posso dizer: "Senhor, dai-me suas bençãos, qdo tantos iguais a mim, padecem males horrendos. Ora, me poupem com seus egocentrismos e hipocrisias!

domingo, 9 de setembro de 2007

Coisas q encontro por aí...

"A mulher mais feliz do mundo é a namorada do Saci, pois sabe que se levar um pé-na-bunda, quem cai é ele!"

sábado, 8 de setembro de 2007

Abarco somente o que conheço...


Uma paisagem de minha cidade. Trabalho executado pelo artista plástico pontagrossense, Zunir Andrade - homem de bicicleta, óleo s/tela, 50x70-acervo de Aécio Leite -




-DESCOBRI E PASSEI A VER QUE CADA SEMELHANTE MEU, SOU EU PRÓPRIA NUM PEDAÇO DO CAMINHO...


-VOCÊ SE VÊ NOS QUE VÃO ATRÁS E NOS QUE VÃO ADIANTE DE VOCÊ?

- NÃO, VEJO-ME NOS QUE VÊM ATRÁS, OS QUE VÃO ADIANTE, ESTES NÃO OS ABARCO, SÃO OS QUE NÃO COMPREENDO, ELES É QUE ME ABARCAM E COMPREENDEM, E PERDOAM AS FALTAS QUE TAMBÉM UM DIA COMETERAM.
( Ideny Ditzel Freitas)

FLANELADAS NO EGO

FLANELADAS NO EGO...

Lhe dou uma flanelada no ego e voce me segue... basta a mim conhecer qual o lado que devo passar a flanela...dar um lustro, tirar o pó... se tua sede é de sabedoria, salvação, auto-afirmação, basta que lhe solte algumas palavras que lhe dê esperança de encontrar a Verdade ou o Paraíso...( assim fazem as religiões). Se tua carência é de emoção, basta que eu saiba fazê-las sentir e me segues... nunca atrás de mim, mas atrás da flanela que possuo e que sei usar muito bem, polindo suas vaidades. Dale Carnegie nem precisa de escrever um livro tão denso, apenas ensinasse a flanelar... Assim é, e assim o fazem as pessoas, sem saberem que estão polindo, ou sendo polidas no ego... E dizem, e juram que estão amando a outra, ( ou a flanela da outra!)
Estou acima dos sentimentos do ego? Não! Adoro uma flanelada! Como qualquer ser que recebendo a flanelada quer conservá-la eternamente criando em cima da sensação uma expectativa de eternidade... querendo dizer mil coisas,mas das mil coisas ditas, mil mudarão no instante seguinte. Para que dizê-las, e se dizê-las, como crê-las?.
Vivamos em silencio nossas trocas de flaneladas...(Ideny Ditzel Freitas)

SEUS DEUSES RIEM DE VÓS! (Ideny Ditzel Freitas)


TELA DA ARTISTA KAKÁ
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SEUS DEUSES RIEM DE VÓS!
Seus deuses riem com escárnio de vós, oh humanidade! Sem piedade alguma, riem-se de suas queixas.Seus deuses também lutam como vós para se auto preservarem, enquanto vós lhes pedis vida, eles temem pelas suas próprias mortes.Seus deuses são maus e egoístas, não se importam convosco, em vão chorais aos pés da cruz pedindo compaixão, Vêde o mundo como está nas mãos dos deuses, pior que vós, sabem eles administrá-lo.Vós que deveríeis ouví-los e terdes piedade deles, já que não apiedam-se de vós...Deixai-os sossegar e cuidai vós mesmos de vossas vidas!Apiedai-vos dos santos que criastes, para que eles se revoltando, não sobrevenham contra vós!

"PRECE VIOLENTA"....rs

LEIA O ANÚNCIO TODO, SEUS PROBLEMAS ACABARAM...
Engraçada a referência feita pelo anunciante: "prece violenta"....rs- fiquei imaginando como seria uma prece violenta... seria daquelas em que o pastor pula. grita e se descabela mais que o próprio endemoniado?



Pior que isto não é apenas humor negro...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

O COCOZÃO DE PONTA GROSSA


O "COCOZÃO" de ângulos diferentes...



Amigos, olhem e digam, se sou ou nao uma pessoa feliz por residir na cidade de Ponta Grossa...rs
Esta obra de arte foi concluída, na gestão do prefeito Péricles Holebem Mello, por um artista plástico e custou um bom dinheiro.A intenção era de que fosse uma araucária, espécie de pinheiro do paraná... mas qdo levantaram a obra, todo mundo em uníssono falou: parece um "cocozão"...e olha se não...rs - Bem, não haveria como o prefeito, representar melhor( a cag...), que deixou na prefeitura, isto não digo eu... A própria imprensa se encarregou de divulgar...
O detalhe é que esta coisa tem um mecanismo que a faz balançar... e atentem pro tamanho! Onde o prefeito mandou colocar isto?Em frente ao campus da UEPG...E ninguém conhece a obra por outro nome, senão O COCOZÃO.
Quem quiser dar uma conferida em uma das comunidades que foi aberta em homenagem a esta cag... esteja à vontade:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1247210
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=540798

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NA PRIMEIRA FOTO, EU E MINHAS AMIGAS Q VIERAM DE BH E GOIANIA, VISITANDO O COCOZÃO, EM 04.04.2008 (FOTO COLOCADA POSTERIORMENTE)Este cocozão é uma coisa tão ridícula que eu fiz questão de levá-las para ver de perto, para eu nao ficar de mentirosa...rs...
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Montaigne



VALEU A LEMBRANÇA DO AMIGO ERNESTO, EM SEU COMENTÁRIO POSTADO, VALE E MUITO lembrar de comentar MONTAIGNE (Ideny):
Michel de Montaigne (1533- 1592), o grande pensador e escritor humanista da renascença francesa, o celebrado autor dos Ensaios (1580-1588), era pessimista e cético em relação a sociedade da sua época. Achava-a viciosa e falsa. Por isso, empenhou-se em encontrar um espaço próprio, um recanto onde pudesse estabelecer-se com toda a tranqüilidade, dedicando-se dali, no seu refúgio – o Mirante do Sábio - a observar o jardim e a paisagem que o circundava. Na torre do seus castelo em Bordeaux, escreveu então, em prosa soberba, as mais belas páginas da literatura francesas em todos os tempos.

O mundo é um teatro

Michel de Montaigne (1533-1592)
"...há uma peste no homem, é a pretensão de saber alguma coisa"
Montaigne – Ensaios, 1580


Numa sociedade embebida em falsidades, obcecada por representações e aparências - na qual as pessoas tratam de esconder o que verdadeiramente são, atuando como se fossem atores e atrizes - qual o lugar de um homem sábio? Como lidar no Mundus universus exercet histrioniam? (O mundo é o universo do histrião). Meditando sobre isso, sobre o mundo parecer-se a um teatro, o filósofo e humanista Michel de Montaigne, morto em 1592, disse que “ há em nós mais vaidade do que infelicidade, mais tolice que malícia, mais vazio do que maldade, mais vileza do que miséria.” Vivendo em meio a uma comunidade tomada por viciados, ele deve evitar o contagio com o mal, pois tal conúbio o obrigava a duas alternativa: ou adere aos viciados ou os odeia. Ambas ruins e negativas. Onde, pois, encontrar um sitio que o afastasse do “malefício do parecer”? Visto que nem o mais prudente dos pensadores escapava da sedução das ilusões - pois tudo que o circundava era feito de “trapaça, mentira e traição”, onde, raios, ele podia achar um refúgio?

Os sábios gregos antigos, sabedores disso, abrigavam-se em asilos muito próprios, originais: Pitágoras entre os esotéricos, Platão na Academia, Aristóteles no Liceu, Zenão no Stoa, e o cínico Diógenes num barrica. Mas Montaigne não pretendia fundar nenhum escola, nem queria discípulos ou seguidores ao seu redor. Desejou somente retirar-se das coisas do mundo para, à distância, poder entendê-lo: encontrar um mirante para o sábio. No caso dele, a biblioteca que possuía na torre do castelo da sua família em Bordeaux, onde nascera nas propriedades da família, em 1533.

Somente ali, gozando da solidão em meio aos papéis à tinta e aos livros, sentia-se livre, liberto de qualquer convenção.
Seguia assim o preceito dos estóicos e dos epicuristas que indicava a necessidade de estabelecer-se “ num lugar” que repelisse “a imaginação, a presunção e a vaidade”, para bem longe de si. Privar do seu próprio jardim, enfim. Como dissera Plínio, no passado: “No retiro absoluto que criaste, é onde tendes a possibilidade de viver como entendes...te entregues ao estudo das letras, a fim de chegares a produzir alguma coisa pessoal” (citado nos Ensaios, I, XXXIX) Eis que o verdadeiro sábio seqüestra a si mesmo e, encurralando-se num recanto, afasta-se das “falsas fisionomias” e das “mascaradas” com que antes era constrangido a conviver.

ACONTECENDO EM MINHA CIDADE

NÃO QUE ISTO SEJA RARO,MAS VALE A NOTA:Ideny

DATA: Quinta-Feira, 6 de Setembro de 2007

O vigia Renato Germano Santos, 41, foi considerado culpado pelos assassinatos da esposa e do filho e pegou 32 anos e 10 meses de prisão. O julgamento aconteceu nessa terça-feira no Tribunal do Júri da Comarca de Ponta Grossa. Pela morte de Rosicléia Maria da Silva, 26, a juíza Letícia Lustosa o condenou a 13 anos e seis meses. Pelo homicídio da criança Eduardo Moreira dos Santos, 10, a pena foi bem maior: 19 anos e quatro meses. Ele deverá cumprir a pena em regime fechado.

A sessão iniciada às 8h30 da manhã perdurou até as 20 horas. De acordo com o advogado Rafael Urizzi Cervi, que atuou na defesa ao lado dos criminalistas Alexandre Bührer e Antônio Neiva de Macedo, o caso era bastante difícil, sendo praticamente impossível uma absolvição. "Apresentamos duas teses: a de homicídio privilegiado em relação é mulher e de negativa de autoria na morte do Eduardo, mas ambas foram recusadas pelos jurados do Conselho de Sentença", comenta.

A pena alta, conforme Cervi, se deve ao fato de terem sido julgados procedentes as duas qualificadoras. Uma delas é a de que o réu não possibilitou defesa às vítimas. A outra é a utilização de meios cruéis para assassinar a família. "Ele foi condenado por duplo homicídio qualificado, mas nós vamos entrar com recurso contra o resultado. Em oito dias entregaremos à Justiça as nossas alegações", assinala.

Os homicídios cometidos pelo vigia aconteceram na madrugada de 27 de dezembro de 2005, no Jardim Bela Vista, na região do bairro Dalabona. Segundo as informações fornecidas pela Polícia Civil, ele usou um facão para golpear a esposa e o filho. No mesmo dia do crime, o réu disse que cometeu os crimes porque estaria "possuído pelo capeta". Ele também comentou que era evangélico.

No julgamento o Ministério Público foi representado pela promotora Vanessa Harmuch Perez Erlich.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

MORRAM DE INVEJA!!!!

HENRIQUE JORGE, ARTISTA DE FORTALEZA - DEDICOU-ME ESTA OBRA, CHAMADA "PONDERAÇÃO" ( JÁ DEU PARA NOTAR QUE FIQUEI TODA METIDA,NÉ?)
O MARCO DO INÍCIO DE UMA LINDA AMIZADE!!!

domingo, 2 de setembro de 2007

SOBRE A VERDADE DOS HOMENS

Quem souber o autor desta fábula, por favor, me o lembre.O ELEFANTE E OS CEGOS.
Era uma vez seis cegos que viviam numa aldeia onde não havia elefantes. Um dia, chegou ao lugarejo um forasteiro que vinha montado em seu elefante, e os cegos resolveram se aproximar para tentar descobrir que diacho de bicho era aquele elefante de que tanto tinham ouvido falar. Mas como eram cegos, a única maneira de descobrir era pelo tato. Assim, o primeiro cego segurou as presas do elefante e disse: "Ah, eu já sei! O elefante é como um par de lanças!" O segundo cego, que tinha colocado a mão na tromba, contestou: "Você não sabe de nada! O elefante é parecido com uma cobra!" O terceiro cego, com a orelha do elefante entre as mãos, disse que seus companheiros eram duas bestas: era óbvio que o elefante tinha a forma de um leque. O quarto cego, tateando o corpo do elefante, concluiu que todos os outros estavam errados, porque o elefante era semelhante a um barril. Ao que o quinto cego, abraçado a uma das patas do elefante, retrucou: "Mas que barril, o quê! O elefante é como um tronco de palmeira!" Finalmente, o sexto cego pegou no rabo do elefante e declarou: "Vocês não passam de um bando de cegos! O elefante é um espanador!" E logo, os seis cegos estavam brigando aos berros, aos tapas e finalmente se mataram, cada qual defendendo a sua versão do elefante.
Cada qual "enxergando" e percebendo de uma maneira uma parte de um todo, e julgando ter conhecido o todo, assim vejo a nós, humanos!!

SEU PRATO DE ERVILHAS...

Conta-se que Diógenes, atingindo a sabedoria máxima e não precisando de mais nada para ser feliz, abdicou de tudo que possuía e passou a viver em praça pública, dentro de um barril. Admirado por Alexandre, o Grande, pela reconhecida sabedoria de suas palavras, certo dia Diógenes foi abordado por um dos súditos do rei, que ao vê-lo degustando calmamente um prato de ervilhas, lhe disse: " O rei te admira. Se bajulasses o rei nao precisaria contentar-se com este prato de ervilhas...
Ao que imediatamente, Diógenes lhe respondeu: - e tu, se te contentasses, com um prato de ervilhas, nao precisaria bajular ao rei!

CADA UM SABE O QUE LHE É MAIS INDIGESTO, SEU HUMILDE PRATO DE COMIDA, OU BAJULAR ALGUÉM...

OS DESMEMORIADOS-Autoria: IDENY DITZEL FREITAS

Você já se imaginou com amnésia? Como deve ser estranho olhar ao redor e não conhecer nada, não saber quem são as pessoas sorridentes ou curiosas à sua frente, ou alguém que você "nunca viu antes" te tratando com intimidade? É uma coisa bem esquisita e desesperadora, mais desesperadora que esquisita, deveras. Você quer lembrar, quer saber quem é, e para isto tem de contar com a explicação de "estranhos", confiar que estão dizendo a verdade. Agora imagine duas pessoas desmemoriadas, tendo apenas uma à outra, e nada sabem a respeito de si, nem sequer sabem quem é a que lhe faz companhia , naquele mundo de esquecimento... fica estranho não? Digamos que estejam num local distante de tudo, estranhas... perdidas, verdadeiramente perdidas! Não posso imaginar situação pior... Se duas pessoas desmemoriadas, perdidas, se olhando indagativa e desesperadoramente, já nos parece algo terrível, imaginemos então um "vagão" de trem cheia delas...De repente, se encontram, às duzias, às centenas, todas desmemoriadas. Nem sequer recordam do incidente que as atirou para fora da realidade. A lesão de umas difere em grau da lesão de outras, causando danos irreversíveis a uns, e graus de amnésia de maior ou menor gravidade em outros. Mas no geral, ninguém lembra nada. Só que, embora a memória de todos tenha se ido, a vida continua e todos continuam a sentir as necessidades básicas, comer, beber, dormir, fazer suas necessidades fisiológicas, e satisfazer a libido. Todos vão levando a vida conforme estas necessidades, a população do vagão vai aumentando, gerações se vão, outras vêem, as que vieram perguntaram -se , qual suas origens, mas ninguém sabia contar, ninguém lembrava nada. Com o tempo, as pessoas que iam nascendo dentro daquele túnel( o vagão havia caído num túnel escuro), passaram a acreditar que aquele túnel era tudo que existia, esqueceram-se de fazer mais perguntas e contentaram-se com o que tinham e com o que sabiam. Vez ou outra alguns tiveram flashs de memória, onde vislumbraram um mundo diferente, uma vida diferente, e passaram a imaginar que existia vida além dali. Estes eram recriminados, ninguém possuia coragem e ousadia suficiente para abandonar o mundo conhecido e partir pela escuridão, em busca de novos mundos. Então, melhor seria, para que a alienação nao se espalhasse, colocando em risco a segurança dos habitantes do túnel, que, aquele que ousasse expor suspeitas a respeito de novos horizontes, fosse apedrejado até a morte. Com toda essa supressão, qualquer laivo de memória era ignorado, e os anos, as décadas, os séculos foram se passando... até que esta geração, que vive agora no túnel... já considera o túnel seu lar. Tudo foi feito para se melhorar a condição de vida, em todas as áreas. Hoje, dão-se festas, procriam-se, amam-se, apaixonam-se, e matam-se!As pessoas vivem num objetivo único, o de ser feliz no tunel, a única vida que conhecem. Ninguém, porém o consegue. Um dia se ri, outro dia se chora, as pessoas não amam com afeição sincera, e frustram umas às outras, os filhos que tanto amam, não têm a segurança de um mundo bom...causando aflições às suas famílias, a competição levou à guerra, à maldade, e tudo que restou a estes seres, foi o amor próprio, centralizado, a luta pela sobrevivência.Um dia, LAZ encontrou nas paredes daquele túnel, uma pedra contendo entalhes de desenhos intrigantes. Sonhos e devaneios de alguém que não podendo expor o que antevia em seus laivos de memória, registrou-os secretamente. Junto destes, haviam enormes lascas de pedras contando em figuras esmeradamente fiéis, o incidente, que os arremessou àquela situação. Muita coisa LAZ não conseguia entender, explicações do que nunca na vida presenciara, nem em sonho, só poderiam não ser compreendidas senão de forma muito restrita. Era coisa de centenas, milhares, milhões de anos passados? Não sabia! O que fazer com o achado, muito menos poderia imaginar. A quem confiaria o que achara? Intuitivamente LAZ sabia que melhor era ter cautela. Enfiou as lascas de pedra, de volta na fresta escura, o mais fundo que pode, e disfarçou a entrada, saiu dali ainda a pensar no que faria, ainda não consciente de que desde que seus olhos pousaram nas ilustrações daquelas pedras, nunca mais seu coração teria sossego, como se uma saudade estranha o atacasse, tornando-o diferente dos demais habitantes daquele mundo limitado. Muito menos sabia ele, que, na escuridão de onde agia sorrateiramente, dois olhos maliciosos o fitavam, os olhos de STAT, Senhor do Túnel, e estes olhos o seguiriam por onde quer que ele andasse dali por diante.LAZ andou com seus passos confusos, pela escuridão do túnel, confusos não pela escuridão, pois só a escuridão estas pessoas conheciam, suas visões foram se adaptando a escuridão, de tal modo, que, o que para nós seria totalmente breu, impossivel de se enxergar um dedo diante do nariz, para eles representava a claridade, a luz. LAZ estava trôpego era pelo que seus olhos tinham visto e gravado em sua mente, causando estranha sensação de inquietude. Atrás de LAZ vinha STAT sempre atento, e este último sorriu aliviado quando viu LAZ entrar para a sala dos conformados, uma espécie de templo escavado numa lateral bem no fundo do túnel, onde se reuniam pessoas aparente e reconhecidamente boas, que queriam fugir da violência praticada lá fora. STAT exercia poder sobre estes, ensinava-lhes a viver bem, serem bondosos, fugir do mal e da perversidade. STAT não conseguia manter a ordem no túnel todo, mas na parcela que freqüentava sua câmera, mantinha-os todos conformados, esforçados no bem, e fiéis à sala comunitária dos praticantes do bem.STAT sorriu para LAZ, perguntando-lhe como estava.
Intuitivamente, LAZ soube que deveria omitir o que descobrira, e assim o fêz. Então STAT fêz um gesto, e muitas donzelas vestidas de branco iniciaram o côro. A música inebriante, manteve LAZ esquecido do achado... mas STAT sabia que LAZ deveria sempre voltar à sala, cada vez que o efeito hipnótico fosse passando... não só para ouvir a música que segundo STAT acalmava as dores da alma, como também para ouvir as palavras de STAT, dando ânimo para que todos procurassem sempre, uma vida melhor no túnel, em perfeita harmonia. E não pensassem mais em nenhuma bobagem como sair do túnel, por exemplo, como alguns já haviam enlouquecido e colocado em risco, não só a vida dos companheiros, como também, desestruturado o poder de STAT, que só conhecia o túnel que lhe auferia poder máximo, fora do túnel, temia pelo seu próprio futuro. Se houvessem outros lugares...que houvessem! Poderiam ser felizes ali, e STAT seria o último a desejar querer sair de onde reinava absoluto.
LAZ ouvia o coro de vozes exaltando a excelência do Senhor Invisível... Aquele que STAT sempre citava em seus sermões, e que LAZ soubera desde criança, mas nunca O vira. "Se existe este Senhor Invisivel, que STAT ilustrava à nossa imagem e semelhança, só que muito maior em estatura e poderes auferidos... , este Senhor deveria habitar fora daquele túnel... mas sua influência nos alcançaria , pensou LAZ enquanto o sono lhe vinha, sim, sua influência superior certamente nos alcança, pois continuamos o milagre da vida, sem nenhum mérito nosso! E assim LAZ adormeceu no templo.


***

Alguns enlouqueciam no túnel. Como era o caso de SUTO, conhecido pelo costume impertinente de andar cabisbaixo, falando de si para si, "eu quero luz", e arrastando as pernas cansadas, como se estas lhe pesassem mais do que podia aguentar. LAZ lembrou-se de que também conhecera o ancião da praça, e este lhe dissera sobre tais inquietações, que, o ser que tivesse experimentado de alguma forma, esses relâmpagos da memória, quer através de sonhos durante o sono, ou que seus olhos tenham pousado sobre qualquer inscrição simbólica que relatasse à mente o mistério daquela existência, este ser jamais teria sossego. Seria SUTO um deles? Que acometido por inquietações de lembranças distorcidas, andava a reclamar a luz pela qual achava ter o direito? LAZ olhava para SUTO que se aproximava, gemendo "eu quero luz"... e o abordou. SUTO entre surpreendido e contente, pois já ninguém lhe dispensava atenção,perguntou de sopre: "veio trazer-me luz? Tu Sabes o segredo? Tem algo a ensinar-me? Por que queres luz? -perguntou-lhe LAZ. -Porque descobri que somos seres vindos da luz, tudo leva-me a acreditar nisto. Mas não sei como chegar a ela... - Já te acostumastes a enxergar no escuro. Para quê queres a luz? - insistiu LAZ. - Quero ser melhor do que sou. Aprenderei a enxergar a luz. - E o que faria com tanta luz? - Seria melhor! Sei que ela existe e agora a quero. SUTO derrubou o corpo cansado sobre as pernas cruzadas ao chão, e LAZ sentou-se a seu lado. SUTO não falava coisa com coisa, parecia delirar, não parava um só momento de contar o que sabia, e a citar livros e mais livros que tido passado olhos, aproveitando que alguém se dispunha a ouví-lo, despejava tudo que julgava saber. Enquanto LAZ o ouvia, desenhava no chão as figuras que tinha visto nas pedras que encontrou, a fim de constatar se SUTO reagiria a elas. Mas SUTO apenas as olhava como se não as visse, e falava até a sofreguidão. LAZ levantou-se para ir embora, quando SUTO o agarrou pelo braço, gritando indignado: -Conheço a todas estas coisas, tu não me ensinastes nada! Cadê a luz que eu esperava que me daria? Não acrescestes nada ao que já sei! E batia os pés furioso no chão atrás de LAZ. À frente de LAZ, como por encanto, apareceu o ancião da praça, que o olhou sorrindo: - Oi, ancião...

- Todos me chamam de louco... voce me chamou de ancião... Deixastes de olhar com os olhos dos outros, e passastes a olhar com seus próprios? - e riu-se simpático. Depois olhou para SUTO que tinha ficado para trás e ainda esbravejava, e falou: - Os homens de STAT o pegaram... nenhum símbolo ou livro lhe dirá mais nada. Os servos de STAT ocuparam-se em lhe traduzir a cada um deles, como STAT ordenou, e assim os homens colocaram significações próprias aos escritos, aplicando-os às ciências do túnel, e limitando a existência e significado delas a todas as coisas que aqui existe. STAT domina e tem influência sobre todas as áreas. Tanto a ciência, como as artes existem conforme STAT quer que estas sejam. Nalgumas coisas STAT age inocentemente, achando que faz o melhor para os habitantes daqui, noutras ele tem consciência do que faz, mas não espere, moço, fazer com que SUTO passe a ver as coisas de outro modo, desde que tomou conhecimento das "mensagens", já lhe foram imediatamente traduzidas de modo distorcido. Por isto, inconscientemente sofre e pede luz. Tomai cuidado, vós, meu filho, para que as mensagens que STAT semeia a fim de fechar-vos as mentes, não seja acolhida por vós. Pois quando lhe vir a verdade, já não poderás assimilá-la. Amanhã STAT dará uma festa, a fim de divertir os conformados e distrair os inquietos de suas inquietudes. Haverão palhaços, danças e mulheres sensuais. Depois muitas recitações de "salve" ao Senhor Invisível. Tudo isto servirá, para que inquietos como vós, se mantenham distraídos por algum tempo. E esqueçam por momentos os tormentos de vossos corações...Deves participar de tudo que haja neste túnel, mesmo que tua alma já esteja cansada de se divertir inutilmente. Isolar-se da rotina comum a todos os habitantes, não lhe trará nenhum benefício. Agora vai, meu filho, e guarda em teu coração, tudo que hoje absorvestes. Não procures em nenhum livro explicação para tuas indagações, pois todos os livros do túnel estão manchados com as idéias de STAT!

ACONTECEU NO ÚLTIMO CARNAVAL

CARNAVAL CRISTÃO
Estava chegando de viagem. Um aglomerado de pessoas e um som altíssimo na entrada da minha
cidade. Tentei prestar atenção na música, só conseguia distinguir a palavra "senhor".
Pela tv, mais tarde,soube que se tratava das festividades de abertura do CARNAVAL CRISTÃO na
cidade.
Os hinos e as músicas gospel, foram todos transmutados para o ritmo de samba. Tudo igual
ao carnaval. Fantaram apenas as fantasias...Ano que vem, provavelmente, se forem espertos, e o são, já tenham tido as idéias das fantasias. Claro, em lantejoulas, bordado o nome de JESUS. Numa variação de AMAMOS JESUS, SOMOS DE JESUS, JESUS É NOSSO REI(momo),ETC... entre plumas e paetês.
Senti vago temor... que "deus" me tire do mundo antes de eu ter de ver tudo dominado!
===============
Gostei dos comentários que o texto gerou na Comunidade DUVIDO DE TUDO, do Orkut:
1-Eu fico imaginando uma coisa.
Sabe aqueles bares temáticos.
Todo mundo vende bebida, água mineral, refrigerante, salgadinhos, lanches rápidos, ...
Mas cada um abre com um tema, um estilo, um jeito de organizar tudo.
Mas, no fundo, no fundo, é tudo bar.
Mais cedo ou mais tarde, abrirão bares temáticos cristãos.

2-Nós podemos aprender uma coisa com eles.
O Marketing é a alma do negócio!!!!!!!!!!!!!!!
Renato Anjo


3-Com certeza, a Igreja tenta de tudo para não perder os fiéis... o retiro espiritual já não estava mais sendo divertido... vamos pular, sambar, em nome de Jesus , mas vamos!O dinheiro fica na igreja e o povo nao deixa de se divertir...


4-Mas o carnaval cristão vai dar uma filharada geral. Já que o Bento proíbe a camisinha....
Roberto

O velho que queria agradar a todos-AUTORIA DESCONHECIDA

Era uma vez um homem já velho e meio surdo que vivia numa chácara com seu netinho de 8 anos, depois que os pais deste tinham morrido. O velho tinha um grande pomar e um burro e ganhava a vida vendendo frutas na feira da cidade. Um dia, no seu aniversário, um amigo lhe deu de presente um aparelho de surdez, o que o deixou muito feliz. No dia seguinte, de manhã bem cedo o velho carregou dois cestos de frutas no burro, colocou o menino montado no animal e lá foram eles para a cidade, como faziam todas as manhãs. O velho ia andando como sempre, pois não queira sobrecarregar o burro que já era velho.
Pouco depois eles passaram por um grupo de pessoas, que conversavam à beira da estrada. Assim que passaram, o velho ouviu alguém comentando:
- Lá vai aquele velho tolo. O menino que é jovem e forte, cheio de energia vai montado no burro e o velho, já fraco, vai andando. É mesmo um idiota.
O velho fingiu que não ouviu mas, assim que uma curva da estrada o escondeu da vista das pessoas, ele parou, tirou o menino de cima do burro e montou ele mesmo, fazendo o menino ir a pé. Algumas centenas de metros depois havia mais duas pessoas andando pela beira da estrada. O velho passou por eles e os cumprimentou, seguindo em frente. Logo ouviu um deles comentando:
- Olha só aquele velho safado. O menino coitadinho andando a pé e o safado refestelado em cima do burro. Que velho cruel. Pobre menino!
O velho não gostou nada daquilo mas de novo fingiu que não ouviu, e de novo, assim que passou a próxima curva, parou e chamou o menino, erguendo-o para cima do burro com ele. Alguns minutos depois passaram pela frente de uma pequena casa com varanda, onde um casal estava sentado tomando uma xícara de café antes de ir trabalhar. Assim que o velho passou ouviu a mulher dizendo:
- Olha só que velho malvado. Coitadinho do burro. Como se não bastasse carregar aquela carga toda, ainda tem que carregar o velho sem-vergonha e um menino forte e cheio de energia. É desumano. Pobre animal!
O velho já estava ficando muito zangado com aquilo. Mas, sem demonstrar ter ouvido, seguiu seu caminho. Assim que passou uma curva da estrada, parou o burro, desceu e fez o menino descer, seguindo os dois a pé ao lado do burro. Mais adiante, já perto da cidadezinha, encontraram com alguns trabalhadores com suas enxadas e foices, que seguiam para a roça. Assim que passaram por eles, o velho ouviu um deles comentar:
- Olha só que velho tolo. Aquele burro grande e forte só com aqueles dois cestos de carga e o tolo, já velho e fraco, andando a pé e obrigando o pobre menino a andar também. É um absurdo!
Então o velho ficou muito bravo. Arrancou seu aparelho de surdez e quando ia jogá-lo para bem longe, parou, pensou um pouco e guardou-o no bolso. Em seguida, agarrou o menino, colocou-o no lombo do burro e seguiu a pé pela estrada, puxando o burro, enquanto ia pensando:
- Eu era mais feliz quando era surdo, pois não tinha que ouvir as pessoas se metendo na minha vida, em vez de cuidar de suas próprias vidas. De hoje em diante vou voltar a viver como sempre fiz. Vou sempre fazer o que achar certo e nunca me preocupar com o que estão pensando. Vou guardar o aparelho, porque foi presente de um amigo, mas só vou usá-lo em casa, para ouvir o canto dos pássaros.

A MENINA QUE NAO QUERIA CRESCER-- AUTORIA DE IDENY DITZEL FREITAS -

Esta tela, é uma obra da artista plástica,do RJ, amiga virtual Leila Poderosa, aposentada, artista plástica, pintora e escultora.:E põe poderosa nisto!!!Suas obras são lindíssimas!


Era uma vez,uma menininha que não queria crescer. Chamou sua mãe e lhe disse: "Mamãe, eu me recuso a crescer!"
Sua mãe riu de tamanho disparate. Criança não tem jeito,pensou, inventa cada uma! E da birra da filhinha, a mãe se esqueceu.
O pai menos atenção deu ao desejo intempestivo da criança. Todos esqueceram, ou nem deram trela... mas a menina não esqueceu!
Dia após dia, lia todos os livros que encontrava na misteriosa estante de seu avô, e procurava em todos os lugares um meio para não crescer... Pensava ela:"Onde há sentido? Nascer, crescer,plantar, colher ou não colher, e depois morrer...Não, definitivamente ela não seria tão tola como todos os humanos que conhecia, ela não iria crescer!"
Os dias se passavam, e a menina repetia:" tudo é tolice, tudo vão! os homens nascem e crescem, sonham seus sonhos nos berços, para chorá-los em seus túmulos... e depois se vão... Se há algum sentido, alguém me os mostre então!"Mas nem o vigário da cidade,os professores que lhe ensinavam tudo e nem o sofista charlatão, ninguém lhe respondia com exatidão!
Hum... ruminava na idéia,"tudo pareceu-me até agora apenas ilusão!"
E a cada dia que passava,era uma esperança frustrada de achar uma solução.
Os amores a distrairam no riso e na decepção, sorriu sobre os berços, e sobre os túmulos chorou, plantou e colheu enquanto a propria vida passava, e ela procurava, já nao lembrava o quê.

Cenas do cotidiano-- CRÔNICA DE IDENY DITZEL FREITAS -

CENAS DO COTIDIANO
Eu já havia pago minha pequena compra e dirigia-me ao guarda-volumes, quando percebi um pequeno tumulto no supermercado. Vozes se confundiam abafadas umas pelas outras num círculo de pessoas que se formou próximo à porta de saída, em torno de uma senhora de idade já bem avançada, que com seus olhinhos miúdos olhava para qualquer ponto do infinito, indiferente aos murmúrios e comentários mais exaltados dos que a ladeavam. Nada daquilo parecia lhe interessar.
Quando um homem alto e forte se dirigiu à velha com a feição fechada, decidi me aproximar para observar mais de perto o que estava ocorrendo.Não pude ouvir o que ele disse, mas o que a velhinha disse e da forma como o disse, ainda o tenho na mente de uma maneira bem viva, talvez porque aquela voz tão firme não parecia estar saindo de uma pessoa tão frágil.
Com um ar cheio de razão na fisionomia encovada, ela proferiu sem titubear:
-O senhor acha que se eu tivesse dinheiro não tinha passado no caixa para pagar o leite?
Uma surra de olhares indignados atingiu o homenzarrão, que agora eu percebia era o segurança do estabelecimento. Este pareceu encolher-se de repente diante dos olhares e eu num relance notei, que a velha senhora abraçava,com seus braços muito magros, um litro de leite.
_Sim, ela não tem o dinheiro! exclamou um e todos falaram em cima, sempre a favor da mulher.
Acostumado a pegar os moleques pelo braço e enfiar de volta no mercado, a fim de lhes subtrair o que haviam furtado, o experiente segurança não sabia o que fazer com a velha. Suas bochechas contraídas no início, desandaram de forma estúpida e patética, enquanto ele rebuscava na mente, uma solução para o caso.
- Mas ela roubou!!!! arriscou timidamente o pobre homem, justificando aos expectadores, o que não precisava ser justificado; enquanto a velhinha continuava indiferente, abraçada ao litro de leite e só não continuava também os passos tranqüilos em direção à porta de saída porque os curiosos se colocavam entre ela e a rua.
Foi num intervalo curto de silêncio que, um senhor gordo, que assistia a cena de longe, tomou a decisão que a ninguém tinha ocorrido. Ele foi se chegando, se balançando e balançando uma nota de dez reais na mão ao mesmo tempo que procurava a atenção do segurança com uma voz grave de salvador do mundo:
-Eu pago o leite da mulher, deixe a mulher levar o leite!
A mim também ocorreu naquela hora que eu podia ter feito o mesmo, não fosse minha inclinação para observar e analisar situações esperando pelos seus desfechos. Bem, assim que consigo minhas histórias...
Aliviado o segurança aproximou-se da senhora a fim de conferir o preço no pacote. Esta que se manteve por todo o tempo impassível , numa imobilidade de corpo,alma e olhos, reagiu de um salto, abraçando-se a seu tesouro com mais força e fitando ao seu algoz com certa mágoa.
- Eu só quero ver o preço a ser cobrado, vovó!... - tentou o segurança quase adoçando a voz, mais para satisfazer a platéia, que externando complacência.
Não teve jeito, a velha recuava a medida que ele se aproximava.
- Vai no balcão de lacticínios ver o preço! Gritou alguém indignado.
Atônito, o homenzarrão da segurança obedeceu, ordenando ao primeiro moleque pacoteiro que viu pelos caixas, para que fosse imediatamente ver o preço do produto! O final da frase já o fez com uma entonação de superioridade, tentando resgatar , um pouquinho que fosse, seu habitual modo de expressar respeito.
Voltando o menino com o preço, o senhor simpático e prestativo entrega a nota de dez ao segurança, que o entrega ao garoto, para que este vá ao caixa e retorne trazendo o troco ao dono da cédula. Tudo procedido no silêncio que recaíra trazendo quase decepção ao grupo que parecia estar gostando do alvoroço, excetuando-se com certeza, o único que realmente se apurou nesta pequena tentativa de furto: o pobre segurança, que já erguera dignamente as bochechas de novo, aliviado.
O gordo-salvador-do-mundo, pegou o troco entregou-o à senhora do leite, para não fazer uma boa ação pela metade. Sorriu satisfeito consigo mesmo e foi embora, não sem antes dar rápida conferida com o olhar em todos os presentes, para verificar talvez se todos o aprovavam tanto quanto ele se aprovara.
O círculo em volta da velha foi se abrindo, e tão logo sentiu o caminho livre a velhinha continuou seus passos, como se entre o momento que se decidiu a pegar o leite do balcão, e o momento que viu o espaço aberto para a rua, não tivesse acontecido nada.

PARA OS QUE "ESQUECEM DE SI", NO MAU SENTIDO.

Não sei a procedência, parece chinesa, não lembro autor, mas que é uma bela reflexão para passar aos que ESQUECEM DE SI, NO MAU SENTIDO, PARA APONTAR erro nos outros, ou aqueles que se metem a pregadores de suas verdades... ah, isto é!!! rsrs

Um senhor, foi procurar a um grande sábio para saber dele como faria para mudar o mundo, porque para ele, tudo parecia errado.O grande sábio lhe falou: Para voce mudar ao mundo, tem de mudar primeiro o país onde vive, para mudar o seu país, tem de primeiro mudar a sua cidade, para mudar a sua cidade, tem primeiro de mudar o seu bairro, para mudar o seu bairro tem primeiro de mudar a sua rua, para melhorar a sua rua tem primeiro de melhorar a sua casa, para melhorar a sua casa, tem primeiro de melhorar a seus filhos, e para mudar a seus filhos , tem primeiro de melhorar a SI MESMO. Portanto a mudança para melhor, começa DENTRO DE VC. Pode começar!primeiro em vc, depois seus filhos, depois sua casa, depois que tudo estiver em ordem no seu quintal, só bemmm depois, que tiver a certeza de que nada de tudo isto sairá do seu controle, pode começar a reparar para fora de seu portão.
( eu se eu fosse mais grossa, poderia resumir tudo em: "Cuide da sua vida!"...

sábado, 1 de setembro de 2007

DEPENDE DA VISTA DO TEU PONTO...

O que julgam sobre mim??
Os religiosos me chamam herege, pq nao clamo por seus deuses.
Os ateus me chamam indecisa, porque não afirmo que Deus não existe, e muito menos que existe, apenas digo: não sei.
Os agnósticos hão de achar qualquer coisa, que não se lhes identifique.
Os evangélicos dizem que não conheço a palavra, a palavra de Deus...que sou cega,apenas mais uma ÍMPIA!...
Os espíritas dirão que nao quero enxergar uma "verdade evidente"... que ainda não despertei para reconhecê-la, preciso de mais algumas reencarnações...
Os católicos, dizem que sou pagã...
Os simpatizantes de minhas idéias, dizem que sou inteligente
Os antipatizantes, que sou grosseira,cruel e que distorço tudo...
Os wicannos dirão que sou uma bruxa, e ainda não sei...
Os gnósticos dirão que nao tenho microcosmo amadurecido suficientemente para a grande batalha do renascimento, que sou um ser para a morte...
Os que me amam, hão de dizer:não importa, gosto dela de qualquer jeito! ( entenda-se como quiser este "de qualquer jeito"...rs)
E todos estão certos,dentro das SUAS verdades...
O que lhes falta compreender, e isto faz toda a diferença, é que querem tornar universais as SUAS verdades.
Todo ser humano é extremamente humilde, enquanto ainda não tomou de uma "verdade" para si, ou depois que a abandonou, consciente de que todos têm suas certezas e são absolutas, pq ele exatamente estaria certo, só porque certo se imagina e sente que está? Ora, os outros também assim sentem, e com igual intensidade...
Ah,os hipócritas, estes sim, me detestam, sejam eles, de qualquer classe acima citada, porque lhes coloco o dedo nas feridas, que tentam esconder com enfeites coloridos...
Assim falou Ideny, quem tiver ouvidos para ouvir e principalmetne tempo ocioso para ler, que aproveite...rs...Abçs!!!!

DO TEU AMOR AO PRÓXIMO - Nietzsche

TELA DO QUERIDO AMIGO, ARTISTA PLÁSTICO, HENRY BRAND, de Belém do Pará:


COMENTÁRIOS DE IDENY SOBRE O TEXTO NIETZSCHEANO,ABAIXO.
Se escutásseis mais atenta e honestamente ao seu coração, perceberíeis quanta hipocrisia se mascara de vanglória, onde o ser humano engana a si mesmo,para envaidecer-se de si, e tentar esquecer sua "nudez"...( Ideny Ditzel Freitas)
* por nudez, entenda-se o ser despido de toda máscara consciente ou inconscientemente usada, para amenizar a imagem desfigurada dos humanos...


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TEXTO DE NIETZSCHE: "Vós outros andais muito solícitos em redor do próximo, e manifestai-o com belas palavras. Mas eu vos digo: o vosso amor ao próximo é vosso mau amor a vós mesmos.
Fugis de vós em busca do próximo, e quereis converter isso numa virtude: mas eu compreendo o vosso desinteresse.
Não vos suportai a vós mesmos e não vos quereis bastante, por isso desejais seduzir o próximo a que vos ame, e dourar-vos, com a sua ilusão.
Chamais uma testemunha quando quereis falar bem de vós e, logo que a haveis induzido a pensar bem da vossa pessoa, vós mesmos pensais bem da vossa pessoa.

Um vai até o próximo porque procura a si mesmo, outro o vai porque procura esquecer-se.
Do livro "Assim falou Zaratustra" F.Nietzsche
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Convenhamos, que este alemão "desnuda" bem mais as "intenções" e "ações" humanas, que eu... até me sinto bondosa para conosco,humanos, se comparada a quem pensou antes de mim tais coisas...rs

Orgulho das virtudes!


Chamais "desejo da Verdade" ao que vos impele e incendeia, a vós, os mais sábios?( note-se que frisou-se no texto, "os mais sábios", os menos dotados de sabedoria, preferem a "verdade pronta")
Desejo de imaginar tudo quanto existe; assim chamo eu ao vosso desejo da verdade.
Quereis tornar imaginável tudo quanto existe; para que tudo se amolde e se curve submisso a vós! Friedrich Nietzsche
Nota de Ideny: Vêde, humanos!Nem a esta "Busca incessante pela verdade", devíeis chamar de VIRTUDE!